de meus pais ganhei vida.
de meus irmãos outras,
mas deles tomei emprestado.
de meus primos ganhei férias,
sextas e sábados de poentes dourados.
na escola comprei novos irmãos,
mudas de loucos e sãos,
de crentes e pagãos.
e pelos livros fui a outras escolas,
fui aluno e professor por longas horas.
de meus alunos aprendi a ignorância,
não deles, mas minha.
com eles fui a Delfos e tive com Sócrates
e aprendi a desconhecer,
aprendi o que sabia.
Mas sobretudo, aprendi com meus avós.
aprendi que praque choro se tem fé.
aprendi de um Pai nosso e um venha à nós.
assentaram-me os tijolos
praque hoje eu fique em pé.
M.U.C.C.
Um comentário:
sem medo de ser cafona!
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