domingo, 27 de março de 2011

elela

Ela quer e ele parece que também. Ele ainda não fez mais do que se entregar ao trabalho e a dureza da vida, ainda não teve a oportunidade de vivê-la levando os sonhos tão à sério como ela gostaria. Ela vive de levar os sonhos à serio, e lhe parece estranho ter de viver assim com os pés tão fincados à realidade. Ele veste-se demais, ela diz, perfuma-se de menos, ele não interessa-se pelo estar vestido e pelo tipo do perfume. Ele quer é despi-la e sorver o cheiro, de resto...Ela não sabe como poderá compartilhá-lo com os olhares dos outros, não sabe como fazê-lo parte de seu mundo de sempre muitos sonhos e dos dilemas gerados por suas muitas interpretações.
Elela são assim o arquétipo infinitamente repetido do homem e da mulher. São como a bailarina apaixonada pelo soldadinho de chumbo, a princesa que se desencastela por amor ao plebeu, a dama e o vagabundo comendo spaguetti ao luar. Não sei se nos apaixonamos pelo diferente, não sei se os opostos se atraem. Não sei se a dama se separou do vagabundo quando percebeu que ele era vagabundo mesmo, não sei se a bailarinha ficou viúva quando o soldadinho foi para a guerra. Penso que há uma cumplicidade necessária aos relacionamentos que se alimenta de muitos pontos comuns, existem momentos em que é preciso jogar no mesmo time e levantar a mesma bandeira. Mas eles sorriem tão lindamente no retrato.

M.U.C.C.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eduardo e Mônica? =)

Nájila disse...

Amei! Eu nem sei o que falar.. qualquer comentário vai ser irrelevante comparado ao resultado maravilhoso da nossa conversa descontraída e tão verdadeira de ontem! hahahaha Marquinho pegou tudo! Quero maaaais!

Marcão disse...

Pô Najila,

que legal q vc gostou! fico feliz mesmo!

Tatinha disse...

Amei esse post!
realmente, as vezes eh preciso levantar a mesma bandeira e jogar no mesmo time...