quarta-feira, 5 de maio de 2010

O momento em que se separam os meninos dos homens!

Todos temos que enfrentar durante o curso de nossas vidas situações incertas, arriscadas, de grande tensão e que geram ansiedade e nervosismo. Alguns sentem corar, outros se arrepiam, outros gelam, outros ainda chegam a tremer.

Quase sempre o que nos aflige é a combinação da incerteza com a impotência. Existem momentos em que a incapacidade de determinarmos o futuro somada a incapacidade de controlá-lo leva-nos a um estado de choque. Nossas modalidades racionais parecem sofrer espasmos paralizantes, tudo o que funciona de maneira mecânica, impensada, quase involuntaria passa a necessitar de um proceder zeloso e atento como o de um aprendiz. Estranha-se o que é mais certo, convulsiona-se o que está mais sedimentado, tem-se dúvida até do próprio nome.

Nestes momentos surgem dois tipos de gente. Os que se apequenam, se introvertem, se enrolam para dentro de suas próprias bocas como se fossem meias. E os que permanecem sendo o que são. Não acredito que as personalidades histórico-cósmicas, como diria Hegel, os homens e mulheres decisivos dos grandes momentos, os Michael Jordans do basquete da vida real sejam pessoas que apresentem um "algo mais" nos momentos difíceis. Eles não são iluminados naquele momento, apenas permanecem brilhando com o brilho que sempre tiveram.

No fundo o que essas pessoas tem é uma maturidade existencial maior, muito provavelmente sem até se dar conta disto. Pois se o motivo do nervosismo é a incerteza e a impotência, nada mais normal para quem já sabe que estas são companheiras de todas as horas!

M.U.C.C.

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