quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amor fati (ou porque eu aprendi a dar um beijo na boca do presente)

Você, como eu, aprendeu a acreditar em finais felizes. Você como eu aprendeu a torcer pelo mocinho. Você como eu tem dificuldade em ser o que é, tem dificuldade em não querer ser mais, melhor, maior.

E se eu te dissesse para ser exatamentte o que se é? Se não fosse possível mudar nada, absolutamente nada. Eis a postura mais lúcida possível, terrivelmente lúcida. Não se pode fazer mais do que aceitar o presente em sua inelutibilidade, dançar com ele, amá-lo, quem sabe até desejá-lo ardentemente.

Não há o que fazer a não ser viver o presisamente hoje, a não ser experimentar o imediatamente vivo, a vida não foi, nem será,  a vida é. É duro, é insuportavelmente amargo, mas é o que é. A vida não se apreresenta como opção, como múltipla escolha. A vida acontece. Cabe a nós amá-la em tudo o que de bom ou ruim ela nos proporciona. Pois só nos resta amá-la, não cabe reagir com ressentimento, a grandeza está em moldar-se a ela e deixar que ela nos faça maior.

Nosso projeto de vida, formatado por estruturas de romances e folhetins, que vá para o inferno! Esqueça o projeto! Esqueça a estrutura! solte as rédeas e viva o presente. Ou melhor, viva!!!!!
M.U.C.C.

8 comentários:

gii. disse...

Nietzsche é realmente muito bom.

o texto é bom também,
mas como sempre digo, na teoria a prática é facil...

Jessica Kindlein disse...

Interessante reflexão! Mas é que o ser humano é sempre tão insatisfeito que se torna fácil dizer pra viver o presente e esquecer os projetos de finais felizes, o difícil é praticar.
É ainda mais difícil porque tem os sonhos, nossa imaginação... é difícil ser tão materialista e se apegar ao presente, no fundo o que todo ser humano quer é transcender, e não simplesmente existir ou viver o presente que na maioria das vezes parece ter menos cores que o futuro ou o final feliz.
Também tem gente que vê mais cores no passado com o saudosismo, a nostalgia...
Mas ai é me estender demais no comentário né?! hahaha
Parabéns, adorei o texto!

Marcão disse...

Obrigado pelos comentários, o feed back é o melhor de tudo. Dá vontade de escrever mais!!!!!!

Mari Iastrenski disse...

nossa! adorei!! eu precisava muito ler alguma coisa assim, agora! =D .. texto perfeito pra quem está no terceirão ou cursinho!.. (não só, mas especialmente.. hehe).. /Mari Iastrenski

Unknown disse...

Viver, verbo transitivo, requer ou não complemento. Viver como VTDireto é o que parte das pessoas buscam, algo para complementar o seu viver, o que para muitos se torna uma obsesão, impedindo a manifestação da segunda forma do viver, ele como VIntransitivo, que não requer um complemento, simplismente viver por viver, de fato algo que considero complicado, devido ao conflito gerado entre este e a razão, razão que tenta buscar um caminho sempre mais adequado para o viver(VTD), que por muitas vezes encobre a verdadeira personalidade do indivíduo, que só se manifesta verdadeiramente quando vivemos por viver(VI).
Viver racionalmente é de uma certa forma, creio, mais estável perante a sociedade, ao passo que viver por viver coloca o homem num desconforto, nesta situação a possibilidade de prever as consequências do seu viver por viver são obscuras, fazendo com que seja adotado a preferência pelo viver racional, entretanto isto acarreta num esmaecimento da personalidade, logo, uma merda.
PS: Não estou generalizando, aponto, em questão, um fato individual. =)
AKM

Unknown disse...

Viver, verbo transitivo, requer ou não complemento. Viver como VTDireto é o que parte das pessoas buscam, algo para complementar o seu viver, o que para muitos se torna uma obsesão, impedindo a manifestação da segunda forma do viver, ele como VIntransitivo, que não requer um complemento, simplismente viver por viver, de fato algo que considero complicado, devido ao conflito gerado entre este e a razão, razão que tenta buscar um caminho sempre mais adequado para o viver(VTD), que por muitas vezes encobre a verdadeira personalidade do indivíduo, que só se manifesta verdadeiramente quando vivemos por viver(VI).
Viver racionalmente é de uma certa forma, creio, mais estável perante a sociedade, ao passo que viver por viver coloca o homem num desconforto, nesta situação a possibilidade de prever as consequências do seu viver por viver são obscuras, fazendo com que seja adotado a preferência pelo viver racional, entretanto isto acarreta num esmaecimento da personalidade, logo, uma merda.
PS: Não estou generalizando, aponto, em questão, um fato individual. =)
AKM

Lucas Braga disse...

Se apegar ao presente, é amar a vida com máxima intensidade. É o viver como se cada momento fosse voltar eternamente. É o eterno retorno. É esquecer o presente e não projetar o futuro.
"Não poderia haver felicidade, jovialidade, esperança, orgulho, presente, sem o esquecimento."
Friedrich Nietzsche

mariana disse...

Não tinha lido esse! muito bom também cunhado!