quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

o melhor bolo do mundo

Se comi o melhor bolo do mundo como saberei? Nunca comerei todos. Nunca comerei todos ao mesmo tempo  e sob as mesmas circunstâncias. Lógico. Elementar. Mas basta? Devo deixar de comer bolos? Devo desmerecer os já comidos? E se estiver a comer uma agora, devolvo?

Se ao comer um bolo penso ser este o melhor, se assim dizem minhas terminações nervosas, minha imaginação e tudo o que mais for mobilizado em mim. Bate-se o martelo, eis o melhor bolo. Dai presentes ao confeito, agrade-o em tudo. Viva-se com a intensidade de estar à frente do melhor, a simples possibilidade de sê-lo já deve ser tomada como prova cabal sua incomparável singularidade. É licito se dar ao direito de viver como se estivesse no ápice de toda experiência. Se acaso houver coisa melhor que se prove e ateste irrefutavelmente. Caso contrário, quero mais uma fatia!

M.U.C.C.

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