segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Lindo Rosto da Liberdade

Se Deus nos legou alguma liberdade quem sabe seja porque nela viu algo de belo ou bom. Poderíamos pensar que se todo o universo se sujeitasse às nossas vontades viveríamos melhor, seríamos felizes. Temos a tendência de pensar que se tudo acontecesse exatamente como desejamos seríamos plenos e realizados. Essa é a tentação despótica. Essa ideia arruinou Napoleões e Robbespierres ao longo dos séculos. E o mesmo risco de ruína corremos nós se não aprendermos a amar a liberdade. Temos de deixar de vivermos como meninos mimados, nem tudo será como quero ou como gostaria e isso não é necessariamente ruim. Eu sou parte do mundo e não o contrário. Não é o caso de se entregar ao fatalismo ou a inércia, mas de sabermos saborear os gostos por vezes doces e outros amargos da liberdade. O Pai ensina, corrige, dirige, cuida, mas também chega o dia de deixar que o filho abandone o ninho e bata asas. O mestre ensina, orienta e deve sonhar com o dia em que o discípulo o superará. Há um senso estético nisso, a liberdade é bela, além de justa.


M.U.C.C.

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