Se me perguntassem sobre o momento exato em que nasce a paixão, diria com certeza que não sei ou que a pergunta é um engodo, posto que quando há a constatação de uma genuína e arrebatadora paixão ela se dá pelo rompimento da noção de tempo e espaço.
Talvez seria mais adequado dizer que a paixão nasce de um não-momento e um não-lugar.
Contudo, há uma marca indelével da paixão que se apresenta como sintoma inequívoco desta forma patológica de existência, o apego pelos defeitos do ser apaixonante.
Aquele que ama vê os defeitos, mas o apaixonado...
Quando passamos a admirar a falha no dente, a unha descascada, a não simetria, a desproporção, os distúrbios de humor e as intempestividades dos gênios...
Quem se pega assim pode saber que está apaixonado. Infelizmente?
M.U.C.C.
Um comentário:
forma patológica de existência foi um excelente trocadilho. Verica.
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